Sunday, April 13, 2008

Suburban Dreams

A voz carregada do sotaque se Alex Turner canta, as guitarras docemente distorcidas criam uma teia de textura como as paredes de cimento sujas de fumo, humidade e marcas alheias ao tempo que as apaga. Caminho por entre elas, caminho para casa por entre a leve chuva e o frio caminho para o meu quarto onde me rodeio de palavras e sonhos escritos á beira duma sequência e acordes e notas entrelaçadas como os velhos tijolos da casa onde outrora morei.
Na casa onde outrora vivi, na casa onde te senti me deitei a teu lado e nos abraçamos. Depois passamos por uma leve sombra das escassas árvores que enfeitam um subúrbio caminhámos de mãos dadas por entre memórias histórias velhos conhecidos e testemunhas anónimas do nosso amor. Nem tudo é feio o sol também brilha por entre prédios velhos, dormitórios da força de trabalho, o céu consegue ser tão belo como os teus olhos e o teu sorriso abafa os sons da violência, da dor dos gritos e o ruído surdo do tráfico.
Acordar nos teus braços é uma memória indescritível o sentimento de pertença e de comunhão que sinto junto a ti. Não fazia ideia de onde estava, de porque havia em cima de mim um céu diferente dos que me rodeavam, agora compreendo tudo, o meu passado o futuro, o universo tudo agora é tudo lógico e linear. Tu e eu, nós. perfeito.